domingo, 29 de novembro de 2015

menos cinco jovens negros vivos, mais um crime da Polícia Militar do Rio Janeiro!

Domingo, dia 29 de novembro, menos cinco jovens negros vivos, mais um crime da Polícia Militar do Rio Janeiro! ( Ao escrever essa frase fico com a estranha sensação de "déjà vu" ou, em outras palavras, do "já visto" , essa encruzilhada em que parecem se encontrar passado, presente e futuro, a história que se repete). E o pior, inevitável história. A mídia não perde tempo, ao noticiar a tragédia - faz questão de apontar os culpados, não se precipite achando que são os policiais. Ora, os culpados são as próprias vítimas é preciso deixar isso claro. Ao descrever os jovens é preciso desqualifica-los, reduzir as perdas, justificar os enganos. Em um pequeno trecho da matéria do jornal Extra lemos o seguinte: "A Polícia Civil informou que dois dos cinco jovens têm passagem pela polícia. Wesley tinha uma anotação criminal por tráfico e Cleiton, por furto." Não são jovens quaisquer, são negros, moradores da zona norte, Costa Barros, pra ser mais exato. O jornal destaca - dois deles são fichados, logo, não prestam! Nessa lógica, os outros três, por sua vez , também não prestam, afinal se prestassem não andariam com quem não presta. Certo? Cinco jovens negros dentro de um carro onde já se viu? É um "bonde"! Cinco jovens negros executados! Não existe policial mal preparado, pobres vítimas do despreparo! Isso é balela, o que existe é policial preparado para matar!