quarta-feira, 13 de novembro de 2013

SONHO...

Finalmente durmo. Uma salamandra escala uma abóbada dourada. Sob a abóbada um chimpanzé dá aulas de ortografia. A palavra não é mais humana. Uma banana, vestida de cigana, dança. Sobre seu chapéu está Carmem Miranda. Nada sustenta a abóbada, feito um disco voador ela flutua. Tímidos, Sol e Lua se encontram, não há eclipse. O tempo do Sonho é o tempo da contemplação. De repente surgem um tigre e uma águia que me conduzem por caminhos que eu mesmo criei. Vamos ao topo de um desfiladeiro, sua base encontra-se à centenas de metros abaixo de nós. Lá embaixo um mar dourado, tal qual a abóbada. Olho a minha frente, três pontos vermelhos se aproximando. Não são pontos, são três cavalos de veludo vermelho. Eles conversam com o tigre. Ele me convida a voar. Salto do desfiladeiro. A águia e a água me aguardam. Em um vôo rasante toco a água. Águas diáfanas que tentam esconder nuvens, não há peixes, somente camelos coloridos nadando. Algo mais aparece, uma grande embarcação cheia de crianças e lobos. Seu movimento é suave apesar de seu tamanho. As crianças olham para mim e sorriem, os lobos também. Foi a primeira vez que vi lobos sorrindo. Um som forte... Acordo.

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