quarta-feira, 28 de abril de 2010

Meu Gambá - O encontro


Não , não era nenhuma dessas raposas que a gente cativa, embora fosse também um profundo apreciador de galinhas. Na calada da noite vivia a visitá-las, criando alvoroço nos galinheiros vizinhos. Penas, sangue e casca de ovos espalhados pelo chão,além disso, nenhuma pista, rastro ou pegada. Chegou a ser confundido com o tal chupa-cabras, coitado.
Os vizinhos, assustados, não sabiam o que fazer. Montaram guarda, colocaram armadilhas e... nada! Chegaram até a consultar um ufólogo (os ETs estavam na moda).
Numa dessas madrugadas de lua cheia,depois de ter tomado muita Samanaú (cachaça de Caicó), voltei para casa escorando nos muros e tentando, a todo esforço, andar em linha reta, me deparei com “ele” pela primeira vez. Vi sobre o portão da dona Marieta, num contraluz ao luar, apenas uma silhueta. Longas e arredondas orelhas, corpo delgado, rabo comprido e fino. Era estranho e ao mesmo tempo familiar, meio gato, meio rato.

Gritei:_ MICKEY!!!

Assustado ele desapareceu nas trevas.

Dona Marieta, velha portuguesa, acendeu as luzes, foi até a janela e disse: _Ora, pois! Isso são horas?!!! Já estás meio grande para “ brincare” de Disneylândia rapaz!!!

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